Penélope
Cruz e Javier Bardem estão entre os astros de cinema que assinaram carta aberta
contra o genocídio israelense em Gaza. O documento afirma que “lares palestinos
estão sendo destruídos, eles não têm água, luz e acesso livre aos hospitais,
escolas e abrigos, enquanto a comunidade internacional não faz nada.”
É
a mais pura verdade. Apesar disso, a atitude teria levado os estúdios de
Hollywood a incluir os signatários em uma lista suja. São acusados de fazer o
jogo dos inimigos do povo judeu. Mas os chefões do cinema estadunidense não têm
a menor moral para fazer tal acusação.
É
o que mostra “A Colaboração, o Pacto entre Hollywood e o Nazismo”, de Ben
Urwand. Recém-lançado no Brasil, o livro investiga as negociações dos estúdios
estadunidenses com o governo de Hitler na década de 1930.
A
obra revela que, para não desagradar os nazistas e perder mercado na Alemanha,
os executivos de Los Angeles censuravam seus próprios filmes. Fecharam os olhos
para a perseguição aos judeus, apesar de muitos deles mesmos serem de origem
judia.
Em
1933, por exemplo, Herman J. Mankiewicz escreveu um roteiro sobre a situação dos
judeus alemães. O nome do filme seria “O Cachorro Louco da Europa”, óbvia
referência a Hitler. O projeto foi engavetado pelos patrões de Mankiewicz.
Mas
a indústria cinematográfica não estava sozinha. Ford, Coca-Cola e IBM estão
entre as empresas que mantiveram excelentes relações com os nazistas. Só os
abandonaram quando se tornou inconveniente associarem suas marcas aos massacres
nos campos de concentração.
A
loucura canina nunca deixou de fazer vítimas e adeptos. Na Europa e fora dela.
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