São grandes as probabilidades
de que o Brasil enfrente uma grave crise econômica. Mas não a tempo de influenciar
o resultado das eleições.
É o que mostra, por exemplo,
a reportagem “Quatro temas econômicos que devem dominar a eleição
presidencial”, de Ruth Costas, publicada pela BBC Brasil em 05/08.
A matéria destaca primeiramente
o crescimento econômico. Em 2010, quando Dilma foi eleita, o Brasil cresceu
7,5%. Este número pode ficar abaixo do 1% em 2014.
Mas segundo Carlos Melo,
cientista político do Insper, o voto é influenciado principalmente pela renda e
pelo emprego. E nestes aspectos, a candidatura petista não tem muito com que se
preocupar.
Como diz André Biancarelli,
da Unicamp, em relação “ao mercado de trabalho, Dilma foi melhor até que Lula.
Nos últimos anos, o desemprego caiu para patamares historicamente baixos e a
renda dos trabalhadores continuou a crescer”.
Quanto à inflação, ninguém nega
que esteja elevada. Mas Renato Perissinotto, cientista político da Universidade
Federal do Paraná, não vê maiores problemas. Apesar do alarmismo da grande
mídia, “a alta de preços tem ficado muito próxima ao teto da meta definida pelo
Banco Central, de 6,5%”.
Por fim, há a questão social,
sobre a qual o cientista político David Fleischer, da UNB, afirma: "Só de
eleitores ligados ao Bolsa Família temos algo em torno de 40 a 50
milhões". E estes votos são majoritariamente do governo.
O problema é que os mandamentos neoliberais continuam sólidos. É o caso do pagamento da dívida pública,
superávit primário, juros estratosféricos, monopólios dominando cada vez mais a
economia.
Provavelmente, a vitória
eleitoral será da ala criativa do neoliberalismo.
Leia também: Sinais
de uma crise muito possível
Não gosto de análises econômicas com seus números e percentuais. Sei q é problema meu. Mas, nesta sua análise, entendi e gostei.
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