Tawfik Gebreel, Bushra Shanan e Belal Khaled |
Após a 2ª Guerra, potências
imperialistas impuseram a criação e o fortalecimento do Estado de Israel no
Oriente Médio. Desse modo, criaram conflitos na região para melhor dominar seus
territórios ricos em petróleo.
Essa mesma tática Israel
também acabou usando em relação aos palestinos. É mais ou menos o que a afirmou
Guila Flint, em entrevista ao programa Espaço Público, exibida na TV Brasil em
22/07.
A jornalista brasileira mora
em Israel há 20 anos. Ela afirmou ser público e notório que o Estado de Israel
incentivou o surgimento e o fortalecimento do Hamas em terras palestinas nos
anos 1980.
O objetivo era enfraquecer o
"Movimento de Libertação Nacional da Palestina", o Fatah. Até então, essa
frente de organizações liderava sozinha a resistência contra a
ocupação israelense das terras palestinas.
Mais tarde, em 2005, o
governo direitista de Ariel Sharon retirou as tropas israelenses da Faixa de
Gaza sem avisar o Fatah. Como resultado, criou-se um “vácuo político” naquele
território, que foi ocupado pelo Hamas.
Foi assim, diz Guila, que uma
“organização laica e democrática” perdeu espaço para um movimento religioso e
extremista. O consequente aumento das ações violentas ajudava a justificar a
necessidade de eliminar o povo palestino na região.
Mas assim como os Estados
Unidos criaram as tropas de Bin Laden para vê-las se voltarem contra si, o Estado
de Israel pode colher uma terrível tempestade dos ventos que semeou.
Hoje, os sionistas fazem chover
fogo em Gaza. Mas como aconteceu muitas vezes na História, Israel pode ganhar a
guerra e perder a paz.
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