“Ferguson reflete
desigualdade racial ainda presente nos EUA", diz reportagem de Dennis
Stute publicada na Deutsche Welle, em 10/08. A matéria refere-se à cidade
americana onde o jovem negro Michael Brown foi assassinado pela polícia.
A população local reagiu com
grandes manifestações. Atribui a morte ao racismo policial.
Nas manifestações surgiram
cartazes em que Brown aparece vestido em traje de formatura. Seria um modo de
mostrar que o jovem era bem comportado e não merecia morrer.
Um trecho da reportagem diz:
Negros estão em desvantagem
em quase todos os segmentos da sociedade americana e sofrem, por exemplo, com
tratamento diferenciado da polícia.
Outra matéria sobre Ferguson
apareceu no portal “Outras Palavras”. Trata-se de “EUA: adeus ao direito de
protestar?”, de Robert Bridge. A reportagem chama a atenção para a crescente
militarização da polícia nos Estados Unidos. O resultado tem sido o tratamento
da população pobre como inimigo interno, além da criminalização do direito de
manifestação.
Tudo o que foi dito acima
poderia facilmente ser aplicado ao Brasil.
Aqui, a população pobre
também lamenta seus mortos alegando que se tratava de “trabalhadores”. Lá como
cá, vale cada vez mais a lógica de que a execução de criminosos é aceitável.
Entre nós, o racismo também gera condições sociais e econômicas muito piores
para a população negra. A militarização da polícia é outro elemento muito semelhante
nos dois países. Até uma espécie de Caveirão circulou nas ruas de Ferguson reprimindo
manifestantes.
O racismo americano apresenta muitas diferenças em relação àquele que se manifesta aqui. Mas ambos têm em comum a violência racista da dominação capitalista.
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Panteras Negras
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