O mais recente ato desastrado de Michel Temer foi a
decretação das Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Na prática, as Forças
Armadas foram chamadas a reprimir manifestações que ocorriam em Brasília contra
o governo golpista e suas reformas neoliberais.
Muitos temiam e alguns desejavam que a iniciativa
resultasse num golpe militar. Uma expectativa equivocada, pois desconsidera o
permanente estado de intervenção militar que já vivemos há muito tempo.
O próprio Ministro da Defesa, Raul Jungmann, justificou a
operação, alegando que:
...este instrumento é assegurado na
Lei Complementar nº 97 de 1999 e pelo artigo 142 da Constituição Federal. De lá
para cá, por exemplo, já ocorreram o emprego das Forças Armadas na Rio+20, na
Jornada Mundial da Juventude, na Copa do Mundo, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, e
mais recentemente nas varreduras aos prédios, durante o aquartelamento de
Policiais Militares do Espírito Santo e na crise de segurança no Rio de
Janeiro, no começo de 2017.
Além disso, em 24/05 Luciana Amaral e Leandro Prazeres
informaram no Portal UOL, que:
Segundo o site do Ministério da
Defesa, um exemplo de uso das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem foi
o emprego de tropas em operações de pacificação do governo estadual em
diferentes comunidades do Rio de Janeiro.
E não nos esqueçamos que a partir de 2013, essa militarização
ganhou novo impulso. Foi quando a vergonha caiu sobre o governo petista, que em
resposta às enormes manifestações populares daquele ano aprovou uma lei antiterrorismo cujo alvo são os movimentos sociais.
Os golpes contra a democracia são muitos. Assim como os
golpistas.
Leia também:
"Os golpes contra a democracia são muitos. Assim como os golpistas." Boa frase.
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