Doses maiores

18 de abril de 2018

Mais ataques ao SUS

Em 13/04, o portal EPSJV/Fiocruz publicou entrevista com José Sestelo, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), sobre a criação do Sistema Nacional de Saúde. Uma proposta dos tubarões do mercado para minar o SUS.

Sestelo diz que não há novidade na proposta:

Essa pauta empresarial vem sendo veiculada publicamente há vários anos. Acho que um dos principais instrumentos de divulgação disso foi o chamado “Livro Branco da Saúde”, que foi publicado na época das eleições majoritárias, em 2014.

Ainda, segundo ele:

Existe uma estratégia retórica de se utilizar esse termo - Sistema Nacional de Saúde - não diria que em oposição ao SUS, mas quase como uma ressignificação para o que a gente chama de SUS. Porque os empresários não querem a extinção do SUS, eles querem o SUS que seja conveniente aos seus interesses, como de fato tem sido. Mas eles querem ainda mais.

O entrevistador André Antunes pede um exemplo:

Essencialmente é tornar o SUS um grande resseguro, ou seja, tudo aquilo que não for comercialmente interessante para os empresários teria algum tipo de cobertura financiada pelo orçamento público. Os casos típicos são as condições crônicas, terapia renal substitutiva, transtornos de comportamento, enfim, condições em que o usuário recorre ao sistema de maneira frequente, em que ele não vai se curar, vai viver com aquilo. Essa é a visão...

Mas não se trata de coisa só de golpistas. Para citar apenas um exemplo, em fevereiro de 2015, Dilma sancionou a Medida Provisória 656, sobre renegociação das dívidas dos clubes de futebol. Escondida nela, a abertura do setor de saúde ao capital estrangeiro.

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