Mas
em 1919, em meio às celebrações pela vitória na Primeira Guerra, o poder
colonial promove o massacre na cidade de Amritsar, na Índia. Seus moradores haviam
se rebelado contra o poder colonial sem pegar em armas. Mesmo assim, centenas foram
mortos e os sobreviventes sofreram terrível humilhação racial. São todos obrigados
a entrar e sair de casa andando de quatro.
Em
uma carta de 23 de novembro de 1920, Gandhi responde:
Pode ser que o temperamento inglês não se adapte a um
estado de perfeita igualdade com as raças negras e de cor. Nesse caso, os
ingleses devem ser obrigados a se retirar da Índia.
E
arremata: “Renuncio a fazer distinções; não reconheço superioridade alguma, nem
mesmo aos indianos. Temos as mesmas virtudes e os mesmos vícios”.
Já
em 1942, em plena Segunda Guerra ele questiona:
Os Aliados não têm nenhum direito de proclamar sua
causa moralmente superior à dos nazistas, enquanto mantiverem prisioneira a
parte mais justa (...) [da humanidade] e uma das mais antigas nações da terra.
Ele
ainda oferece ajuda ao esforço bélico britânico, mas começa a radicalizar sua
luta pela emancipação nacional. Sempre por meio da resistência não-violenta que
levará dezenas de milhares de indianos a aguentarem toda e qualquer repressão sem esboçar qualquer reação. E isso incluía mães oferecendo a cabeça de suas
crianças ao porrete das forças policiais.
Continua...
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alguns “podres” de Gandhi
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