Em 21/05/2018,
William Nozaki publicou o artigo “O recado das urnas e o erro dos analistas
políticos” no portal Brasil Debate.
Nele,
o economista e sociólogo considera que, no atual processo eleitoral, a distinção
entre liberais e conservadores seria mais útil que a oposição esquerda x
direita.
Nozaki
exemplifica:
Se
organizarmos a leitura das pesquisas eleitorais pelos termos acima sugeridos, o
programa demandado pela sociedade, perceberemos que a amplíssima maioria dos
eleitores deseja um projeto de sociedade com mais liberdades e igualdades e
menos privilégios e vantagens indevidas. Quando Guilherme Boulos (PSOL) é
interrogado sobre o que é o socialismo, quando Manuela D’Ávila (PCdoB) é
questionada sobre o que é o comunismo, quando Ciro Gomes (PDT) é perguntado
sobre o que é seu desenvolvimentismo e quando Lula é questionado sobre o seu
“trabalhismo” todas as respostas passam por um mesmo ponto: a igualdade de
oportunidades. Uma agenda, a propósito, que também tem a adesão de uma parcela
dos eventuais eleitores de Marina Silva (Rede) e de Joaquim Barbosa (PSB), por
isso esses candidatos tem tido melhor desempenho nas pesquisas.
Portanto,
diz o articulista, a sociedade tem uma demanda liberal “desconfortável para a
esquerda e ininteligível para a direita irracional dos parvos Bolsonaros, MBLs
e afins”.
Em última
instância, diz ele, esse cenário demonstraria que “o lulismo venceu, ele é
hegemônico na sociedade brasileira”.
É,
faz sentido. Mas também poderíamos lembrar a frase: "Nada mais parecido com um
conservador do que um liberal no poder”, muito popular durante o Segundo
Reinado.
Ou seja, se o lulismo venceu, foi sob uma hegemonia que vem do tempo da escravidão.
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