Apesar de alguns de
seus seguidores acreditarem nisso, diz o autor, o fato de que:
...o
marxismo não ter nada de muito interessante a dizer sobre uísque ou sobre a
natureza do inconsciente, sobre a fragrância de uma rosa ou a razão pela qual
existe algo em vez de nada existir não o desacredita. Ele não pretendia ser uma
filosofia absoluta.
É verdade:
...que
se pode tropeçar nas conexões mais improváveis entre a luta de classes e a
cultura. O amor sexual é relevante para a base material, já que quase sempre
leva à produção daquelas potenciais novas fontes de mão de obra conhecidas como
filhos.
Mas o fato de ser uma
teoria da ação revolucionária não quer dizer que o marxismo pretenda explicar toda
a realidade a partir da manutenção ou não da ordem dominante. Seria incorreto dizer,
por exemplo, “que todas as atividades de escolas, jornais, igrejas e do Estado
alicercem o sistema social atual”.
Quando denunciam os
imigrantes, os jornais estão defendendo interesses dominantes. Quando noticiam
acidentes de trânsito, provavelmente não, diz Eagleton. O mesmo vale para
escolas, ao ensinar seus alunos a amarrar cadarços.
O marxismo não explica
tudo, mas pretende dar combate a tudo o que torna a vida humana injusta e destrói
nosso potencial para alcançar a liberdade e a igualdade universais.
Teoria de Tudo, mesmo,
é a economia burguesa, para a qual todas as nossas relações se resumem à circulação
de mercadorias.
Leia
também: Marx,
economia e comunismo despudorado
Olá Sérgio, bom dia! Voas reflexões. Qual a obra de Terry Eagleton utilizada?
ResponderExcluirUé, a obra é “Marx estava certo”.
ExcluirObrigado pelo comentário.