O relato abaixo é
baseado na biografia “Karl Marx: Grandeza e ilusão”, de Gareth Stedman Jones.
Em 28 de setembro de
1864, um congresso de trabalhadores da Europa continental e Inglaterra foi
realizado em Londres. Era o primeiro encontro do que viria a ser a Associação
Internacional dos Trabalhadores (AIT).
Marx foi eleito para
compor o Conselho Geral e designado para o subcomitê responsável pela
preparação de uma “declaração de princípios”.
O que distinguia a AIT
de associações internacionais anteriores era a participação dos líderes sindicais
mais importantes de Londres. Essa nova geração surgiu, principalmente, entre os
pedreiros, sapateiros e carpinteiros. E sua experiência nas greves os levou a
concluir que novas e mais coordenadas formas de organização operária se
tornavam necessárias
Uma de suas maiores preocupações
eram os fura-greves. Como na Grã-Bretanha o movimento sindical já havia
conquistado melhores condições de trabalho, trabalhadores de outros países eram
atraídos para ocupar o lugar dos grevistas.
Diante disso, o
principal objetivo da AIT era exportar para outros países os benefícios da
legislação social britânica (limitação das horas de trabalho, restrição do
emprego juvenil) e as conquistas do novo modelo de sindicalismo unitário por ela
defendido.
33 associações
sindicais filiaram-se à nova Internacional. Em 1868, o número chegou a 120.
Claro que a grande
diversidade de trabalhadores e nacionalidades levava a muitas divergências. Mas
o que unia a todos era uma verdade que Marx aprendeu com essa turma boa de
briga e ajudou a inscrever no documento inaugural da AIT: “A emancipação dos
trabalhadores deve ser obra dos próprios trabalhadores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário