Quanto à cruel política
adotada por Trump separando pais e filhos imigrantes, é importante esclarecer que
não se trata apenas de medida determinada por um louco xenófobo e racista. É
muito mais que isso:
Os
africanos forçados à escravidão nos Estados Unidos eram frequentemente
separados de seus filhos, não apenas durante o transporte até as Américas, mas
muitas outras vezes, nas plataformas de leilão. Não foram milhares, e sim
milhões de mães e pais, maridos e mulheres, pais e filhos, irmãos e irmãs
separados uns dos outros à força. E tampouco se tratou de um período curto da
história americana, mas de uma característica institucional da escravidão que
perdurou nos EUA por quase 250 anos.
Não
apenas as crianças africanas escravizadas eram rotineiramente separadas de suas
famílias, mas também os povos indígenas. Do final do século XIX até os anos
1970, crianças indígenas eram regularmente retiradas de suas casas à força e
enviadas a desumanas “escolas de índios”, onde seus cabelos eram cortados e
onde eram despidos de seus nomes e culturas. Muitas delas nunca voltaram a
encontrar suas famílias.
O
que talvez seja mais chocante, no entanto, é o modo como os EUA – hoje, neste
momento – separam tantas famílias cujas histórias não são consideradas dignas
de nota. Falo da crise do encarceramento em massa, da qual a investida sobre os
imigrantes é apenas mais uma peça terrível.
As palavras acima são de
Shaun King, em artigo publicado
pelo portal “The Intercept”, em 21/06/2018. Elas valem também para nós, que imitamos,
inclusive, a prática de separar filhos e pais por meio de tiros disparados por policiais.
Leia também: O animal humano sacrifica sua própria prole
Já fiz publicações a respeito da separação recente de Trump na rede social, com o objetivo de levantar nos contatos o olhar crítico de que nem tudo são flores nos EUA. Irresponsabilidade dos pais e "fake" (fotos supostamente da China) foram as alegações em forma de resposta visando rechaçar críticas à política de Trump.
ResponderExcluirMesmo sabendo de fatos parecidos envolvendo índios e africanos em tempos idos, reforço: genial Shaun King, no reforço à crítica às políticas de Trump.
Abraço!
Oi, Salate. Valeu pelos comentários.
ResponderExcluirAbração!