Mais de um cientista
político ou colunista já disse que o modo operacional do governo Bolsonaro é o
caos.
É o conflito constante,
movido a paixões mesquinhas, paranoia, conspirações reais ou inventadas,
ofensas, calúnias, puxadas de tapete, maus modos, moralidade de baixo calão...
É a própria “milícia” no
poder. Por enquanto, só não houve troca de tiros. Por enquanto...
Um resultado é a
dificuldade de encaminhar o que a Bolsonaro foi encomendado. Principalmente,
reformas econômicas que pretendem exterminar direitos e acabar com a pobreza
junto com os pobres.
O outro resultado é que as
disputas que polarizam todas as atenções ficam centradas no palácio presidencial
ou entre representantes das cúpulas dos três poderes.
Enquanto isso, a oposição
parlamentar assiste impotente. No máximo, escolhe alguns lados para torcer. Há quem
torça para um Mourão, um Gilmar Mendes, um Rodrigo Maia.
Mas o imobilismo também reina
entre as principais forças da oposição de esquerda fora do parlamento.
O fato é que muitos de
nós não estávamos preparados para um poder caótico porque não atentamos para o
caos que já governava o cotidiano de grande parte da população.
Diante disso, o que fazer?
Difícil saber. Mas como disse o colunista Celso Rocha de Barros, da Folha, ser
de centro é muito difícil sob um governo Bolsonaro.
Só nos resta radicalizar
pela esquerda. Mas radicalizar não significa responder ao fanatismo com
fanatismo. Culpar “pobres de direita”, os evangélicos em geral, a “burrice
popular”, as “arminhas com dedo”, gritar “bem feito” etc.
Se fizermos assim, o
caos continuará a governar, lá em cima, e ainda contará com nossa ajuda, cá
embaixo.
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É Sergio, não entro nessa de ficar criticando àqueles que, por critérios como burrice e outros correlatos (não gosto disso, até porque já fui criticado por uma pessoa que ia votar no Bolsonaro me chamando de burro; percebe, não pega). Até mesmo em relação ao governo não vejo incidência prática junto à população que votou nele ficar demonstrando a falta de conhecimento, preparo etc deles. Acho que o eixo é demonstrar a quais interesses eles representam e as medidas que comprovam isso. Só às vezes, quando a estupidez é muito grande e não dá para suportar, vale um alerta evidenciando (rsss...). Abraço. PS: Sergio, sabe, da próxima vez que vier para S. Paulo, ou eu for para aí, acho que tem dois temas que tenho críticas e gostaria de conversar contigo: à autocrítica constante da esquerda e a volta às bases. Bjs.
ResponderExcluirBeleza! Vamos conversar, sim...
ExcluirBeijos