Cosmologia é o “ramo da
astronomia que estuda a estrutura e a evolução do universo em seu todo,
preocupando-se tanto com a origem quanto com a evolução dele”, dizem os
dicionários.
Uma notícia correu o
mundo recentemente: “Equipe internacional divulga primeiras imagens já feitas
de um buraco negro”. É um momento histórico para a cosmologia, dizem os
especialistas.
Entre outros motivos,
porque também confirma previsões feitas mais de um século atrás por Albert
Einstein.
Mas a primeira parte do
título da notícia também deveria receber alguma atenção. A imagem foi obtida
graças a oito conjuntos de observatórios espalhados pelo mundo, incluindo Europa,
Estados Unidos, Chile e Polo Sul.
E contou com equipes internacionais
ainda mais numerosas para processar o enorme volume de dados. É por isso que o
anúncio do sucesso da missão foi feito em entrevistas coletivas simultâneas em
Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio.
Todo este esforço
internacional pode ser uma demonstração de que ainda temos alguma
chance de nos comportar como espécie única, em meio a nossa rica diversidade e tantas
contradições.
Mas não é a suposta
neutralidade da ciência que leva a tais proezas. Trata-se de investimentos em
termos de esforços humanos. E a conjugação destes últimos diz respeito mais ao que
se conhece sobre relações sociais e políticas do que sobre equações matemáticas.
Quanto mais coletivas e
solidárias, mais as iniciativas humanas podem levar a conquistas importantes
para a humanidade como um todo. Não à toa, Einstein era socialista.
Do buraco negro nem a
luz escapa. De acontecimentos como esse, alguma luz faísca.
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