A
revista eletrônica espanhola Sin Permiso publicou um artigo de Michael Roberts, em 19/04/2019. O economista
marxista britânico inicia o texto alertando que em recente reunião conjunta, FMI
e Banco Mundial novamente avaliaram que se tornou muito provável uma “nova recessão”
na economia mundial.
Mas
o que interessa destacar são as conclusões do próprio Roberts:
Toda crise possui um gatilho diferente ou causa
próxima. A recessão internacional de 1974-5 foi provocada por um forte aumento
dos preços do petróleo e o abandono dos Estados Unidos do padrão dólar-euro. A
crise de 1980-1982 foi provocada por uma bolha imobiliária na Europa e uma
crise industrial nas principais economias. A recessão de 1990-2 foi provocada
pelos preços do petróleo e a guerra do Iraque. A leve recessão de 2001 foi o
resultado da explosão da bolha dot.com. E a Grande Recessão se iniciou com o
colapso da bolha imobiliária nos Estados Unidos (...). Mas, por trás de cada
uma destas crises está o movimento de queda na rentabilidade do capital
produtivo e, finalmente, uma desaceleração ou diminuição da massa de lucros.
Desta vez, acredito que o deflagrador será a dívida
empresarial, já que as empresas conseguem acumular um excesso de créditos
baratos e quando os lucros caem e o custo dos juros sobe, tornam-se insolventes.
Importante
acrescentar que, de todas as crises acima, a mais profunda foi a de 2008. Aquela
que nunca terminou e trouxe com ela uma onda ultraconservadora que vem varrendo
muitos países importantes.
Quando
um novo surto da crise vier, ou a classe trabalhadora responde com suas
alternativas socialistas ou haverá ainda mais barbárie.
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