Segundo ele, florestas
são superorganismos semelhantes aos formigueiros. As árvores são seres tão
sociais que compartilham nutrientes até com espécies concorrentes. Afinal, diz
o autor:
Uma
única árvore não forma uma floresta, não produz um microclima equilibrado; fica
exposta, desprotegida contra o vento e as intempéries. Por outro lado, muitas
árvores juntas criam um ecossistema que atenua o excesso de calor e de frio,
armazena um grande volume de água e aumenta a umidade atmosférica – ambiente no
qual as árvores conseguem viver protegidas e durar bastante tempo.
Se
todos os espécimes só cuidassem de si, grande parte morreria cedo demais. As
mortes constantes criariam lacunas no dossel verde. Com isso, as tempestades
penetrariam a floresta com mais facilidade e poderiam derrubar outras árvores.
O calor do verão ressecaria o solo. Todos os espécimes sofreriam.
Mesmo
os espécimes doentes recebem ajuda e nutrientes até ficarem curados. E uma
árvore que no passado auxiliou outra pode no futuro precisar de uma mãozinha.
Já nas florestas plantadas,
elas “se comportam como indivíduos solitários”. Por isso, “enfrentam muitas
dificuldades e na maioria dos casos nem envelhecem”. Dependendo da espécie, são
consideradas maduras para serem derrubadas aos 100 anos. Idade prematura para a
grande maioria das árvores.
Para Wohlleben, as árvores
são solidárias por motivos semelhantes aos que estão presentes nas sociedades
humanas: juntas elas são mais fortes.
Pode ser, mas entre
nós a união que faz a força vem se restringindo a cada vez menos indivíduos. Além
de triste, a solidão está nos tornando uma espécie fraca.
Leia também: A
lógica dos lucros derruba e silencia florestas
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