“A Vida Secreta das
Árvores”, de Peter Wohlleben, fala sobre relações sociais entre os maiores membros
de uma floresta.
O livro descreve, por
exemplo, um estudo liderado por Vanessa Bursche, da Universidade Técnica da
Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha.
Vanessa descobriu que no
processo de fotossíntese em florestas de faias intocadas, “as árvores se
sincronizam de tal forma que todas têm o mesmo rendimento”. Todas produzem a
mesma quantidade de açúcar por folha.
Esse nivelamento
acontece nas raízes, onde uma extensa rede de fungos funciona como “uma
gigantesca redistribuidora de energia”. “Lembra um trabalho de assistência
social tentando evitar que o abismo para os indivíduos desfavorecidos da
sociedade cresça ainda mais”, diz Wohlleben.
Os problemas começam quando
agricultores resolvem “ajudar” alguns indivíduos “livrando-os da suposta
concorrência da mesma espécie”. A partir daí, é cada um por si. Surgem grandes
diferenças de produtividade entre os membros. O resultado:
Quando
os membros supostamente fracos desaparecem, os outros também saem perdendo. A
floresta fica mais exposta e o sol quente e as tempestades de vento alcançam o
solo, interferindo na umidade e na temperatura ideal. Mesmo as árvores fortes
adoecem muitas vezes no decorrer da vida. Quando isso acontece, passam a
precisar do auxílio das vizinhas mais fracas. Caso as árvores menores já tenham
morrido, bastará um inofensivo ataque de insetos para selar o destino de
árvores gigantescas.
Wohlleben conclui dizendo
que um antigo ditado segundo o qual “A corrente tem a força de seu elo mais
fraco” poderia muito bem ter sido criado pelas árvores. “Por intuição, diz ele,
elas ajudam umas às outras de maneira incondicional”.
Amigo, vc começou o ano eclético: neurociência, naturalismo, biologia etc. Sei que gosta de tudo isso, mas fico pensando se não tem um viés de olhar para outro lado que não o da política por motivos óbvios. Bjs
ResponderExcluirSim, mano véio. Olhando para outro lado, mas mantendo as preocupações de sempre.
ExcluirBeijo