Em seu livro “Do fascismo ao populismo” Federico Finchelstein explica que o fascismo sempre foi um movimento “transnacional”. Exemplo óbvio foi o austríaco Hitler, que inspirou-se no italiano Mussolini para tomar o poder na Alemanha.
Mas o fascismo não é um fenômeno estritamente europeu. Sempre houve fascistas por todo o planeta desde os anos 1920.
E nos vários países em que atuavam, eles adotavam cores como marca de sua identidade. Vestiam camisas verdes no Egito e no Brasil, prateadas na Síria e azuis na China, Portugal e Irlanda. Vestiam laranja na África do Sul, dourado no México, marrom na Alemanha e preto na Itália.
Todas essas variações dizem muito sobre as adaptações nacionais do que era claramente uma ideologia global, diz Finchelstein. Uma ideologia global porque a exploração insana do capitalismo dissemina injustiças e destruição por todo o planeta.
O fascismo é o mecanismo político de extermínio em massa que as classes dominantes acionam quando as contradições do capitalismo chegam a extremos que tornam impossível esconder seu caráter profundamente desumano.
Pelos mesmo motivos, a luta contra o capitalismo e seus cães de guarda fascistas também precisa ser internacionalista. Por isso, a pátria dos socialistas só pode ser a classe trabalhadora mundial.
A cor dos socialistas é o vermelho porque sempre que os trabalhadores foram convocados a defender suas pátrias, somente seu sangue acabava tingindo o pano das bandeiras que defendiam.
E em meio àquela que pode ser a pior crise da história humana, outra vez é o sangue dos explorados e humilhados que está sendo sacrificado. Principalmente, aquele derramado com o massacre de vidas pretas.
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Muito bonito como trabalha com a luta das cores. Não sabia das cores dos fascistas em vários países. O verde do Brasil eu sabia, mas o preto da matriz italiana não era uma referência a cor do país.
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