O relato foi recentemente publicado no portal Medium. Como está em inglês, segue abaixo uma transcrição resumida.
Em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, na cidade de Huntsville, Texas, havia um campo de prisioneiros de guerra alemães. O lugar contava com instalações novas e confortáveis e isso causou enorme revolta entre os habitantes locais, que enfrentavam todas as dificuldades de uma economia de guerra.
Para acalmar a população, o governo resolveu colocar os prisioneiros para trabalhar nas plantações de algodão da região, onde a quase totalidade da mão de obra era formada por negros. Divididos apenas por uma cerca de arame farpado, germânicos e afro-americanos faziam a colheita, lado a lado, sob o sol forte do Texas. Mas havia uma diferença que surpreendeu os alemães.
Os soldados do exército nazista ficaram espantados ao testemunhar como os negros eram superexplorados. Um deles era agricultor em seu país de origem e chegou a ficar com pena dos trabalhadores americanos, que eram obrigados a colher duas ou três vezes mais algodão que ele e seus companheiros.
No campo, havia um programa de reeducação para os prisioneiros. O objetivo era esclarecer os alemães sobre os males do regime de Hitler e as vantagens da democracia. Mas, muito provavelmente, deve ter sido difícil defender a importância de valores como liberdade, igualdade e justiça em um país que tinha leis impedindo negros e brancos de compartilhar os mesmos espaços públicos.
Não à toa, as comunidades e bairros negros eram os locais em que os alertas contra os perigos do nazifascismo encontravam mais dificuldades para ser compreendidos nos Estados Unidos.
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Muito, muito interessante.
ResponderExcluirE triste!
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