É mais um capítulo na
sangrenta história do Oriente Médio. Algo que já dura tanto tempo que temos a impressão
de que faz parte do DNA dos povos da região. Mas não é verdade. Os verdadeiros responsáveis
por toda essa tragédia têm pouco a ver com as tradições árabes. Tudo começou com
o acordo Sykes-Picot, assinado em segredo pelos governos inglês
e francês, em maio de 1916.
O objetivo era definir como essas potências
dividiriam a região depois da Primeira Guerra. Terminado o conflito,
Estados completamente artificiais foram formados, ignorando os interesses e
características das populações envolvidas. A gradual descoberta de enormes jazidas
de petróleo na região só piorou a situação.
Após a Segunda Guerra, os Estados Unidos assumiram
a liderança da pilhagem das riquezas do Oriente Médio. Para isso, transformaram
o Estado de Israel em feroz e belicoso representante de seus interesses. Nos anos
1960, as fronteiras impostas militarmente já não conseguiam conter as tensões acumuladas.
Desde então, a região atrai abutres de
todos os lados para bicar a carne dos povos árabes. Mais recentemente, Rússia e
China juntaram-se à carnificina. No berço das três maiores religiões monoteístas, muitos milhares de inocentes queimam no altar do petróleo. Sacrificados ao deus implacável
do imperialismo.
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