30 anos depois, os petistas completam uma
década no governo federal e uma das maiores vítimas de sua política
desenvolvimentista selvagem são os índios, atropelados por um progresso que só
interessa ao grande capital.
O mais recente ataque do governo foi a
criação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança
Pública. Uma verdadeira militarização da questão das terras indígenas.
Felizmente, os indígenas vêm reagindo. Desde
2 de maio, ocupam o canteiro de obras da Usina de Belo Monte. São 150 índios apoiados
pelos 4 mil trabalhadores da obra, que estão em greve. Eles exigem que todas as
atuais e futuras construções de grandes hidrelétricas sejam suspensas até que suas
comunidades sejam ouvidas.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência
da República acusou os indígenas agirem como criminosos. A resposta veio na
carta intitulada “O governo perdeu o juízo”, em que acusam: "O governo
está ficando mais violento". Dizem que a área da ocupação foi
militarizada, com presença de tropas armadas que "revistam as pessoas, a
nossa comida, tiram fotos, intimidam e dão ordens", além de impedir a
entrada de jornalistas, advogados e até parlamentares.
Enquanto isso, a ministra-chefe da Casa
Civil, Gleisi Hoffmann, fez questão de tranquilizar os empresários da agricultura.
Segundo matéria do Valor publicada em 08/05, o governo vai “pedir ao Ministério
da Justiça a suspensão de estudos de demarcação de terras indígenas”. Demarcação
garantida, só para o latifúndio.
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