Reginaldo Nasser é professor de
Relações Internacionais da PUC-SP. Em 05/07, publicou em seu blog “Terrorismo:
as realidades incômodas — e ocultadas”. Alguns dos números apresentados pelo artigo:
- 80% das vítimas
de ataques terroristas no mundo estão em 5 países (Iraque, Nigéria,
Afeganistão, Paquistão, Síria e Somália), ou seja, a grande maioria das vítimas
são muçulmanas.
- 80% das mortes
por terroristas no Ocidente são resultado de ações de grupos de direita. Ou
seja, o “fundamentalismo islâmico” (não entendo porque não é classificado como
de direita), não é a principal causa de terrorismo no Ocidente.
- Pelo menos,
437 mil pessoas são vítimas de homicídio a cada ano (no Brasil 56 mil), ou
seja, 13 vezes mais do que o número de vítimas do terrorismo.
Além disso, diz Nasser, depois que os
Estados Unidos e aliados declararam “Guerra ao Terror”, o número de pessoas
mortas por terrorismo passou de 3.329, em 2000, para 32.685, em 2014.
Agora, alguns dados que não estão no
texto:
- A fome causa
100 mil mortes por dia.
- O trânsito
mata 3 mil, diariamente.
- Em 2016, haverá
1,5 milhão de mortes devido a tuberculose.
- O tabaco mata
quase 6 milhões de pessoas todos os anos.
Tudo isso em nível mundial. Por que,
então, não declarar guerra às indústrias de fumo e automóveis? Por que não enviar
exércitos de profissionais de saúde para as regiões mais vulneráveis a doenças?
Por que não gastar muitos bilhões em saneamento básico?
Porque o terrorismo civil é o pretexto
perfeito para que o terrorismo estatal amplie seu poder sobre populações e
recursos naturais.
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