Há
dez anos, o sistema bancário quase entrou em crise terminal. Para socorrer o
setor financeiro, os governos entregaram a seus controladores centenas de bilhões
de dólares em dinheiro público, principalmente na Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Passada
uma década, políticos e banqueiros não aprenderam nada com o que aconteceu,
exceto como passar os custos do desastre econômico para as pessoas comuns.
A
dívida global total no ano passado equivalia a 217% da produção mundial. Quase
40% acima de 2007, quando a crise deu seus primeiro sinais.
Hoje,
os cinco principais bancos dos Estados Unidos controlam 47% dos ativos
bancários, em comparação com 44%, em 2007.
O
1% dos maiores fundos financeiros do mundo - que reúnem dinheiro de
especuladores para comprar ações, títulos e outros papéis – controlam 45% dos
ativos desse setor. Um colapso de qualquer um deles seria ainda mais devastador
do que em 2008.
E
ainda há o setor bancário que atua nas sombras. Ou seja, fora do alcance de qualquer regulamentação
governamental.
Uma
estimativa conservadora sugere que esse setor teria um tamanho de US$ 45
trilhões, controlando 13% dos ativos financeiros do mundo. Em 2010, esse volume
era de US$ 28 trilhões.
Em
2008, taxas de juros baixíssimas e imensas doações de dinheiro público a bancos
e multinacionais salvaram o sistema. Mas, provavelmente, toda essa munição não
estará disponível na próxima vez.
Para agravar ainda mais todo
esse quadro, aquele que está no comando da maior e mais poderosa economia do
mundo resolveu ficar de mal com a segunda colocada nesse ranking.
Os
dados acima estão nesse artigo, em inglês.
Leia
também: Notícias póstumas sobre um capitalismo
moribundo
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