Em 20/03,
completaram-se 10 anos da invasão ao Iraque. As manchetes dos
principais jornais admitem: o saldo é formado por mortandade,
enormes gastos militares, instabilidade na região. Tudo isso depois
de uma década sem o ditador que as “forças da liberdade”
derrubaram.
Apesar
disso, um ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos declarou à
CNN: “são necessários 10 ou 20 anos para saber se guerra foi um
erro”. Trata-se de Robert Gates, chefe do Pentágono entre 2006 e
2011. Mas ele admite que:
Há
uma série de coisas que podem demonstrar que se tratou de um erro.
Principalmente se o Iraque começar a se desintegrar em razão de
divisões sectárias e de uma influência crescente e significativa
do Irã no Iraque e na região e de uma desestabilização regional.
Mas a
desintegração do Iraque é obra das tropas invasoras. Afinal, os
números oficiais falam em, pelo menos, 174 mil pessoas mortas, das
quais, 112 mil a 122 mil seriam civis. Por isso, a resistência
iraquiana permanece. No dia em que se completava uma década da
covarde operação militar, foram registrados 50 atentados.
No
entanto, há quem discorde de Gates. Afinal, toda essa matança já
custou mais de 2 trilhões de dólares. Dinheirama que tem destino
certo. É o complexo industrial-militar dos países invasores,
especialmente o estadunidense. Para este setor a invasão do Iraque
já deu muito certo.
Se há
alguma esperança, ela está com a resistência iraquiana. Ela é
sangrenta, suicida, desesperada, raivosa, mas é o que há de menos
bárbaro nessa década sangrenta que se completa sem acabar.
Leia também: A
ditadura eleitoral estadunidense
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