Segundo o texto, “entre 2005 e 2011, o
governo Chávez destinou cerca de US$ 82 bilhões a acordos de cooperação com
mais de 40 países”. Entre estes os maiores beneficiados seriam Cuba, Nicarágua,
Argentina, Bolívia e República Dominicana.
Cuba teria recebido em torno de US$ 28,5
bilhões. O segundo na lista seria a Nicarágua, com US$ 9,7 bilhões. Em terceiro,
a Argentina, com US$ 9,2 bilhões, sendo US$ 6 bilhões em papéis da dívida
pública do país.
É verdade que Janaina usava números da oposição
venezuelana, pois não haveria indicadores oficiais. Mas muitos chavistas
admitiriam com orgulho a veracidade dos dados. Seria a forma que Chávez teria utilizado
para implantar uma espécie de “internacionalismo socialista” bancado pelo
Estado.
Estaria tudo muito bem não fosse por duas
razões. A primeira é a dependência desse internacionalismo em relação à figura
de Chávez. Já era ruim temer pela derrota eleitoral do presidente venezuelano.
Piorou muito com sua morte.
Mas digamos que o chavismo mantenha-se
firme após o desaparecimento de seu líder. Ainda assim, continua a dependência
“bolivariana” em relação ao petróleo venezuelano. Se o preço do produto
despencar, arrasta junto a própria Venezuela e os países que Chávez vinha
financiando.
É por isso que nenhuma construção socialista
pode começar de cima para baixo, muito menos depender dos humores do mercado
capitalista.
Leia também: Que
os discípulos do chavismo superem seu mestre
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