A atual seleção alemã vem
sendo preparada há seis anos. Em junho de 2012, membros desse mesmo time visitaram
os campos de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Os alemães estavam às
vésperas de disputar a Eurocopa, que aconteceria na Ucrânia e na Polônia. Nesses
dois países, milhões foram massacrados pelas tropas alemãs durante a 2ª Guerra.
O diretor-técnico da seleção Oliver Bierhoff explicou a iniciativa: “Com essa
visita a Auschwitz quisemos fazer um gesto. É um capítulo escuro da história
alemã que não pode se repetir”.
Isso não quer dizer que a
Alemanha mereça vencer a Copa ou nossa torcida. Apenas poderia sugerir que o
futebol é mais do que festa, diversão, otimismo e, principalmente, enxurrada
publicitária. Não precisa se restringir apenas a planos táticos, escalações,
“cotidiano dos craques” e participação em programas de variedades cada vez mais
estúpidos.
Um pouco de inteligência e
posicionamentos sobre as coisas do mundo seria fundamental. Principalmente, em
momentos tristes como o que estamos passando. Como alguns andam dizendo,
vergonhoso mesmo foi a escravidão. Que tal uma visita da seleção brasileira a
alguma comunidade quilombola? Vexaminosas mesmo foram as mortes nas obras para
a Copa. Nenhuma palavra sobre elas por parte de jogadores e comissão técnica.
O futebol é importante demais
para que fique restrito ao campo. No domingo, que a Argentina vença. Mas saudemos
os “hermanos” germânicos. Foram dignas e leais suas declarações sobre o
massacre que nos impuseram. Eles parecem saber que há coisas mais importantes que
vitórias e derrotas esportivas. Por mais gloriosas ou vergonhosas que venham a
ser.
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e educação a cargo de mafiosos
Que a Argentina vença? Que é isso companheiro? Existe alguma explicação revolucionária que sobreponha nossa justa antipatia diante de uma arrogância européia retrógrada de grande parte do povo argentino para torcermos por sua seleção? Ainda mais diante de seu próprio texto em que valoriza a atitude que vem tendo até aqui a seleção alemã. Internacionalismo ou visão feudal latino-americana? Mesmo pelo futebol, em si, melhor seria torcer pela seleção alemã. Não é indignação sobre sua escolha, é só provocação, mesmo. Grande abraço.
ResponderExcluirEntão, Marião. A questão é que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Auschwitz é Auschwitz e El Caminito é El Caminito! E Viva Arrrentina!!
ResponderExcluirBraçones!