Gaza arde há 16 dias, com
cerca de 650 palestinos mortos pelas tropas sionistas.
Alguns de nossos maiores gênios
literários partiram. O mais recente foi Ariano Suassuna, que foi ao encontro do
“único mal irremediável”.
As prisões políticas no Rio e
em São Paulo continuam.
Boas notícias, portanto, são raridades.
Algumas, porém, conseguem obter os suspiros aliviados que mendigam.
Uma delas está no Globo de 24/07.
Renato Grandelle publicou “Florestas comunitárias limitam o aquecimento do
planeta”, referindo-se a levantamento de alcance mundial. Segundo a matéria, as
“áreas verdes geridas por populações nativas registram índices muito menores de
desmatamento”. Na Amazônia brasileira, por exemplo, “o índice de desmatamento em
florestas comunitárias ficou abaixo de 1% entre 2000 e 2012”. Fora delas, sob a
gerência predatória do agronegócio, as derrubadas chegaram a 7%.
Em 16/06, o Movimento dos
Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupou as sedes das quatro principais operadoras
de celulares do País e da Agência Nacional de Telecomunicações. Eram dois mil
manifestantes exigindo da Oi, Tim, Vivo, Claro e da autarquia governamental serviços
melhores e ampliação dos investimentos.
O que os Sem-Teto têm a ver
com telefonia móvel? Tudo. Sem casa, não há telefonia fixa. E os aparelhos celulares são valiosos para quem ganha a vida como camelô, catador, vendedor domiciliar. Mas,
além disso, eles também querem se comunicar com o restante da sociedade. Sabem que
uma luta como esta é um ótimo começo.
João Ubaldo partiu pouco
antes de Suassuna. Escreveu o belo “Viva o Povo Brasileiro”. Ambos sabiam que se
há alguma esperança, ela está entre os que lutam e trabalham no rés do chão social.
Leia também Gaza:
Davi e Golias, Sodoma e Gomorra
Excelente texto. Vou compartilhar no facebook (citando a fonte), tudo bem?
ResponderExcluirClaro que sim, Diego.
ResponderExcluirObrigado pelo apoio e divulgação.
Abraço