Quando a Guerra Fria estava
no auge, o modo como se manifestaria o Juízo Final parecia bastante claro.
Americanos ou soviéticos apertariam o botão vermelho. Os Cavaleiros do Apocalipse
chegariam montados em mísseis nucleares.
Com o fim da União Soviética,
esse temor diminuiu. Restando apenas uma grande potência, havíamos chegado ao famoso
Fim da História, previsto por Francis Fukuyama.
O 11 de Setembro desmentiria
essa ideia. Era a tempestade semeada pelos próprios Estados Unidos. A primeira
Guerra do Golfo promovida pelos americanos desagradou alguns de seus antigos
aliados na luta contra os soviéticos. Eram Bin Laden e sua organização
terrorista, que responderiam com a destruição das Torres Gêmeas.
Junte-se a isso a invasão do
Iraque, o apoio incondicional ao genocídio sionista contra os palestinos e o
financiamento de ditaduras em vários pontos do planeta. As consequências trágicas
mais recentes disso tudo são a derrubada do avião comercial na Ucrânia e o
massacre em Gaza por Israel.
Há quem escolha Putin como
herói no primeiro caso. Patético. O ex-chefe da funesta polícia política soviética
governa a Rússia há 15 anos, esmagando qualquer oposição.
Também há quem justifique os
ataques israelenses como medidas defensivas. Estupidez. Seria como destruir um
bairro inteiro para matar alguns moradores, supostamente bandidos.
Enquanto isso, a crise econômica
persiste firme e forte. A Europa afunda sob o peso da austeridade imposta pelo
capital financeiro. Os seis maiores bancos americanos estão hoje com
patrimônios maiores do que tinham antes da crise. Os “emergentes” liquefazem. Para
não falar nos colapsos climático, alimentar, sanitário...
Mesmo com tanto ruído, é possível
ouvir uma surda cavalgada se aproximando.
Leia também: As últimas badaladas do Relógio do Apocalipse
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