Durante a ditadura do Estado
Novo (1937-1945), Getúlio Vargas ampliou e centralizou os poderes do DOPS
(Departamento de Ordem Política e Social). Também criou o Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP).
O primeiro baixava a porrada
na oposição comunista, popular e sindical. O segundo fazia a propaganda necessária
para justificar toda essa repressão. Fórmula semelhante voltou a ser utilizada
durante a Ditadura Militar. Fazendo o papel do DIP, a imprensa empresarial.
Já não estamos sob uma
ditadura política. Mas o aparato militar manteve-se intacto e se aperfeiçoando.
Continuou exercitando seus músculos caindo sobre os pobres e pretos.
Preparando-se para dar o bote novamente. Este momento parece estar chegando.
As recentes prisões de
manifestantes mostram isso. No Rio, a mesma polícia que matou Amarildo trata a
militância política como crime de formação de quadrilha. A imprensa aceita e reforça
esta versão, como sempre fez em relação às mortes causadas por ações policiais nos
bairros pobres.
Tal como os aparelhos de repressão,
a grande mídia manteve seu monopólio intacto. Continua a fazer o que quer, como
quer e quando quer. Para piorar, aqueles que a chamam de “golpista”, de um lado, enchem
seus cofres com verbas oficiais, de outro.
Nada indica que isso vá
mudar. Entre as propostas da candidatura Dilma, não aparece a democratização
das comunicações. E na versão disponibilizada no site da campanha, nenhuma
palavra sobre desmilitarização da polícia.
Com o título “Mais mudanças,
mais futuro”, o programa petista renova seu compromisso de convivência com o que
houve de pior no passado. Juntamente com seus principais adversários eleitorais,
aceita a reciclagem da lógica DOPS mais DIP.
Leia também: E
não é que os black blocs tinham razão?
Olá, Sérgio. Sou da imprensa do Sindicato dos Bancários do ES e temos interesse em publicar um artigo seu no nosso jornal, mas é sobre um tema específico. Você poderia informar seu e-mail ou telefone para que possamos conversar melhor? Você pode enviar os contatos para e-mail imprensa@bancarios-es.org.br . Obrigada! Ludmila
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