Em
20 de junho, o Primeiro Regimento de Metralhadoras de Petrogrado recebeu ordens do governo provisório para fornecer 500 metralhadoras à frente de guerra. Em resposta, os soldados começaram
a organizar uma manifestação contra o governo.
Enquanto
isso, acontecia uma Conferência das Organizações Militares Bolcheviques.
Nela, Lênin, acompanhado de uma cautelosa liderança partidária, pediu calma. Ele
considerava prematura qualquer discussão sobre a tomada imediata de poder.
Era
preciso ampliar o apoio das massas para alcançar esse objetivo. A prioridade agora,
dizia Lênin, era aumentar a influência bolchevique nos sovietes, dominados pela esquerda
moderada.
Em
1º de julho, a temperatura subiu ainda mais. O soviete solicitou que os soldados
do Regimento de Metralhadoras retornassem ao quartel. Mas os soldados mantiveram
seus planos de realizar uma demonstração armada insurrecional.
Neste
momento, começava a Segunda Conferência Bolchevique de Petrogrado. As tensões
entre as alas do partido estavam cada vez mais agudas. Os soldados bolcheviques cobravam do comitê central autorização para derrubar o governo.
A
liderança bolchevique respondeu ordenando que seus militantes soldados tentassem
evitar o levante a qualquer custo. Mas vários deles anunciaram com tristeza que
preferiam deixar o partido a se voltar contra seus regimentos.
Tendo
puxado o partido para a esquerda em abril, agora Lenin estava tentando empurrá-lo
para a direita. Mas não estava dando muito certo.
O
período seguinte está entre os mais decisivos para o processo revolucionário. Quem
diria que a poucos meses de tomar o poder, quase toda a liderança bolchevique estaria
presa ou banida?
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