As catequizações
cristãs costumam ser muito traumáticas para aqueles que as sofrem. Especialmente
nocivas junto aos povos indígenas, seja no nível cultural como econômico e
social.
Mas há exceções.
É o que revela reportagem da BBC, publicada em 13/08/2018. Trata-se
do trabalho das Irmãzinhas de Jesus junto aos índios Tapirapé, habitantes do nordeste
do Mato Grosso.
Quando elas chegaram,
em 1952, a tribo estava reduzida a 50 pessoas. Ao partirem, em 1982, deixaram
boas lembranças e uma coletividade com quase mil indígenas.
Em primeiro
lugar, elas auxiliaram no tratamento das doenças que vinham dizimando o grupo. Mas
também foram fundamentais para seu fortalecimento cultural e a recuperação de
seu território tradicional.
Também ajudaram
tanto na instalação de uma escola indígena reivindicada pelos próprios
Tapirapé, como participaram da luta pelo reconhecimento do seu território,
homologado pelo governo federal como Terra Indígena Urubu Branco em 1998.
Com esse novo
tipo de “evangelização”, diz a matéria, as missionárias “buscaram elas mesmas
serem Tapirapé”. Viviam em casas
semelhantes às dos indígenas, plantavam e comiam como eles e participavam de
alguns rituais.
A irmã Odile
Eglin diz que, aos poucos, elas foram entendendo que esse povo não precisava “ser
católico para viver”. Desse modo, a integração foi acontecendo de modo harmonioso.
A freira Geneviève
Boyé dá como exemplo o Natal. Após uma “missinha” matinal, as crianças Tapirapé
levavam um presente para aquele menino que os brancos chamam de Jesus, “tipo
uma florzinha”.
Em meio a
sua enorme crise, os católicos verdadeiramente cristãos deveriam imitar tais exemplos
e abandonar o Vaticano. Deixá-lo entregue às traças e aos espíritos sombrios que
o controlam.
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário