A
tecnologia 5G foi criada principalmente para servir ao capital. Nesse sentido,
acentua a subordinação da sociabilidade humana à circulação de mercadorias.
Para que esta seja harmoniosa, aquela tem que ser cada vez mais conflituosa e
alienada.
Quem
quer que não acompanhe ou atrapalhe a valorização do capital está sob ameaça.
Podem ser pequenos empresários, incapazes de concorrer com monopólios. Mas,
certamente, o maior alvo são militantes políticos e sociais.
Afinal,
em uma sociedade que assegura total liberdade às mercadorias, a liberdade das
pessoas é que precisa ser controlada, vigiada, tolhida.
Para
essa função a internete já se mostra bastante adequada. Mas com sua versão 5G,
não será preciso aguardar que sejamos nós a acessar seus dispositivos.
A
internete das coisas é a rede onipresente. Cada pessoa transforma-se em um
ponto circulando por ela. E os nós dessa rede já não são apenas computadores e
celulares. São automóveis, mobiliário urbano, a casa, o trabalho, o lazer.
Tudo
e todos rastreados o tempo inteiro.
Não
à toa, a rede 5G está no centro da disputa entre as duas maiores potências
capitalistas da atualidade. Estados Unidos e China emparelhados na mais recente
corrida tecnológica.
Os
Estados Unidos com um liberalismo que assegura plena liberdade apenas para que
suas grandes corporações privadas satisfaçam seus interesses. A China com seu
capitalismo superplanejado a serviço de monopólios estatais e não estatais,
incluindo alguns estadunidenses e europeus.
A
5G só é estratégica para os negócios e para o controle social porque obedece a
uma lógica sistêmica. É esta lógica que devemos combater. Quem sabe, utilizando
as próprias contradições da 5G para isso.
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