A pílula de ontem
abordou a produtora de vídeos Brasil Paralelo, tema de um recente podcast do Expresso Ilustrada, da Folha. Segundo os participantes do programa, a produção da Brasil
Paralelo não pode ser caracterizada como fake news, pura e simplesmente.
Um de seus vídeos, por
exemplo, afirma que o golpe de 64 impediu a instalação de uma ditadura comunista
no País. Não se trata de uma mentira, mas de uma hipótese, ainda que negada pela
grande maioria dos historiadores do período.
Ou seja, a maior parte do
material da produtora é resultado de uma leitura distorcida da realidade. Uma interpretação
inspirada, principalmente, pela ideia de que nos últimos 30 anos a sociedade brasileira
tem vivido sob uma hegemonia cultural socialista.
Essa dominação esquerdista
teria imposto falsas ideias. Por exemplo, a de que nossa sociedade é racista,
machista, homofóbica. Ou de que a desigualdade social é um mal, e não consequência
natural da vida em sociedade.
Tais ideias teriam levado
à adoção de um modelo de Estado autoritário, que limita a liberdade dos indivíduos,
de suas famílias e da iniciativa privada. Melhor dizendo, limita a liberdade de
ser rico, violento e preconceituoso.
Tal como o golpe de 64, a
eleição de Bolsonaro seria parte de uma revolução contra essa suposta ditadura comunista.
Mas toda essa leitura
distorcida tem uma base objetiva. É a farsa representada pela democracia formal
sob a qual vivemos. Um sistema incapaz de aliviar minimamente as injustiças que
o capitalismo produz em escala cada vez mais acelerada e massiva.
E não apenas aqui. Há um
Mundo Paralelo em gestação. E é fascista.
Triste tempo....
ResponderExcluirSim, Salete.
ExcluirAbraço