Laerte |
Fábio Zanini, colunista da
Folha, fez a seguinte conta sobre as 2.780 palavras cuspidas por Bolsonaro na
ONU:
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27,4% foram usadas para defender a visão do governo sobre meio ambiente,
Amazônia e direitos indígenas;
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25,93% referiram-se à defesa de valores liberais e globalistas;
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24,56% foram pronunciadas para a defesa de valores conservadores;
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21,04% foram de ataque a esquerdistas dos mais variados.
Ou seja, segundo Zanini,
o pronunciamento foi 75% conservador e 25% liberal.
Enquanto isso, pesquisa
do Ibope divulgada em 25/09/2019 mostrou ligeira queda da popularidade do
presidente. Principalmente, na região Sul. Mas, no total, sua aprovação teria
permanecida estável
Reportagem de André
Shalders, publicada na BBC-Brasil sobre a pesquisa, consultou alguns analistas
políticos. Eles concluíram que “as ações do presidente parecem estar sendo
capazes de fidelizar uma parte do eleitorado”.
Afirmaram, inclusive, que
o apoio seria “maior do que o que dispunham os antecessores de Bolsonaro,
Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) nos piores momentos de seus governos”.
Noves fora, nada, o que parece
estar acontecendo é o seguinte. Bolsonaro pode falar as piores estupidezes, incentivar
as maiores agressões a minorias, maiorias, manifestações artísticas, sociais,
sindicais. Estimular matanças de pobres, pretos, homossexuais, indígenas. Pode fazer
o Brasil passar vergonha nos salões da elite mundial. Pode tudo isso, desde que
os seus 25% de liberalismo selvagem estejam sendo aprovados no Congresso e implementados
em 100% da economia.
Enquanto Bolsonaro mantiver
um mínimo de apoio popular sem que os movimentos sociais sejam capazes de reagir
à altura ou fiquem presos ao calendário eleitoral, a aposta dos poderosos em
sua permanência continuará firme.
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