Para entender a relação entre uma coisa e outra, leia o seguinte trecho do artigo de Matilde:
Em seu ensaio para o jornal Financial Times, o historiador Yuva Harari denunciava que o governo israelense autorizou o serviço de segurança interna a usar o mesmo software e mecanismos de uso corrente em suspeitos de terrorismo para a localização de suspeitos de contágio. Com o objetivo de conseguir maior rapidez e fluidez na detecção, a Coreia do Sul, que lembramos que desenvolveu o primeiro teste de coronavírus quase imediato, agora também possui requisitos mínimos para automatizar o rastreamento de contatos. Se antes podiam localizar qualquer cidadão em 24 horas, hoje, só precisam de 10 minutos.
Até agora, o Google e o Facebook disseram que não pretendem contribuir com seus dados para os grandes estudos de saúde da população que hoje correm contra o relógio e afirmam que os mecanismos de produtos como o Android e seus buscadores “não estão projetados para reunir registros fidedignos para fins médicos, e nem serão adaptados para esses usos”. Mas isso parece um pouco teórico no momento e, digamos de forma realista, dependerá de como continuará se expandindo a pandemia e de quanto tempo se leva para encontrar sua cura e seu antídoto. Bem-vindo ao coronópticon: sorrimos enquanto o celular mede nossa temperatura.
Sem mais comentários.
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