Doses maiores

24 de agosto de 2018

Marx bebe todas e vandaliza

Que Marx gostava de uns bons goles é relativamente conhecido. Mas Francis Wheen dá mais alguns detalhes em sua biografia sobre ele.

Por exemplo, quando jovem, Marx foi co-presidente do Trier Tavern Club, uma sociedade com cerca de trinta estudantes universitários de sua cidade natal, cuja principal ambição era embebedar-se o mais frequentemente possível: o que lhe custou certa vez uma detenção por 24 horas, embora a prisão não impedisse que seus amigos lhe trouxessem ainda mais bebida e um baralho para aliviar o cumprimento da sentença.

Já em idade mais madura, Marx, Edgar Bauer e Wilhelm Liebknecht saíram para um passeio etílico por Londres. Pretendiam tomar pelo menos um copo de cerveja em cada bar pelo caminho. Como a rota incluía nada menos que dezoito pubs, chegaram ao último dispostos a alguma confusão.
Foi o que aconteceu. Bauer tropeçou em uma pilha de pedras de pavimentação. “Opa, tive uma ideia!” disse. Pegou uma delas e acertou um lampião de gás em cheio. O absurdo contagiou seus acompanhantes, que acertaram mais quatro ou cinco lampiões. Era madrugada e as ruas estavam desertas. Mas o barulho atraiu a atenção de um policial, que rapidamente chamou reforços.

Felizmente, o pequeno bando de baderneiros conhecia bem as redondezas. Segundo Liebknecht:

Eram três ou quatro policiais atrás de nós. Marx mostrou uma agilidade de que eu jamais suspeitara. Depois de alguns minutos de perseguição, conseguimos entrar numa rua lateral e passar por um beco, despistando completamente os policiais. Agora estávamos a salvo. Eles não tinham nossa descrição e chegamos a nossas casas sem mais aventuras.

Muito bonito, hein!


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