Em
40 anos, nos arriscamos a perder completamente o controle do planeta para as
mãos de um pequeno grupo que desenvolve a Inteligência Artificial (IA). Esse é
o cenário catastrófico. Para evitá-lo, precisamos que as pessoas participem do
diálogo.
As palavras acima são
de Max Tegmark, em entrevista publicada por El País,
em 14/08/2018. Na condição de diretor do Future of Life Institute de Cambridge,
deve saber do que está falando.
Segundo o entrevistado,
atualmente, os rumos das pesquisas sobre a Inteligência Artificial são definidos
por algumas poucas “companhias tecnológicas e governos”. Setores, que, para ele,
“não necessariamente são os mais bem qualificados para tomarem essas decisões
para toda a humanidade”.
Mas Tegmark também entende
que a questão não deveria ser limitado a:
...um
grupo de freaks (esquisitões) da tecnologia, como eu, e sim
que incluamos psicólogos, sociólogos e economistas para que participem do
diálogo. Porque, se o objetivo é a felicidade humana, temos que estudar o que
significa ser feliz.
Ou seja, tecnologia é
importante demais para ficar sob responsabilidade exclusiva dos tecnólogos. A participação
dos esquisitões das ciências humanas é igualmente necessária.
Por outro lado, acrescentaríamos,
aqueles que não dominam conhecimento específico nenhum a não ser o de suas próprias
opiniões e interesses também precisam ter direito a voz. Principalmente, a grande
massa de trabalhadores que pode ficar sem emprego devido à utilização da IA em grande
escala.
Em outras palavras, precisamos
de mais debate, participação, crítica e explicitação das contradições.
Difícil é explicar
isso para freaks como os do movimento Escola sem Partido, com seu ódio às
ciências humanas e à democracia.
Leia também: Marx, inteligência artificial e polinização
humana
Nenhum comentário:
Postar um comentário