“Fusão cria grupo gigante de educação”
anuncia a matéria de Beth Koike, publicada pelo jornal Valor, em 23/04.
Trata-se da união entre Anhanguera e Kroton, duas grandes empresas privadas do
ramo.
As duas companhias juntas são avaliadas em
cerca de R$ 12 bilhões - cifra que representa o dobro da segunda colocada, a
chinesa New Oriental. É o maior negócio do setor no mundo, com “faturamento
anual de R$ 4,3 bilhões e 1 milhão de alunos”, diz a matéria.
No mesmo dia, o Estadão destacava: “Só 7%
dos alunos de escola pública entraram na USP” no último vestibular. Com isso, o
percentual total de alunos vindos da rede pública na USP representa 28,5%. Mas
o País tem 85% dos estudantes de ensino médio em escolas públicas.
A pró-reitora de Graduação da USP,
Telma Zorn, acha que as causas podem ser várias, mas “o ProUni não pode ser
desvinculado". Para ela, o aumento das bolsas federais em faculdades
privadas afastaria o estudante de escola pública do vestibular da Fuvest.
Voltando à recém-criada “gigante da
educação”, destaquemos um depoimento de Rodrigo Galindo, atual presidente da
Kroton. De acordo com Marcela Ayres, do Portal “Exame”, Galindo afirma que seu
grupo é o “maior parceiro do Ministério da Educação, com 120 mil alunos”
financiados por dinheiro público.
Ou seja, para o governo Dilma não basta ajudar
os grupos privados da saúde. Também precisa favorecer a educação empresarial.
As verbas que faltam na escola pública ajudam a financiar a mercantilização do
ensino brasileiro por imensos monopólios privados. Parabéns, MEC!
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