Mas a preocupação teria sido manifestada em
2011, pelo Departamento de Defesa Interna estadunidense. O órgão alertava para
a crescente ameaça de ações terroristas por parte de indivíduos ou pequenos
grupos.
A avaliação certamente foi influenciada
pela paranoia imperialista que justifica medidas cada vez mais restritivas a
liberdades civis. E sua divulgação agora pode ajudar a justificar a
suspeitíssima tese de que dois estrangeiros muçulmanos foram os responsáveis pelas
mortes em Boston.
Mas é bastante provável que ações terroristas
isoladas comecem a ocorrer mais frequentemente. Seria o produto do clima de ódio,
intolerância e violência que a Guerra ao Terror de Bush criou e Obama vem
mantendo.
A partir do 11/09, o governo americano elegeu
como grande inimigo a Al-Qaeda. No entanto, especialistas sempre alertaram para
as adesões informais à organização. Seriam pessoas ou pequenos coletivos agindo
em nome da Al-Qaeda, sem verdadeiramente pertencerem à organização.
Parece que o imperialismo criou um ambiente
propício ao terrorismo solitário. Usando a linguagem neoliberal para o mercado de
trabalho, seriam microempreendedores do terror que adotaram uma famosa franquia
muçulmana do ramo.
Mas, tal como na concorrência capitalista,
neste caso também os monopólios dominam. Os aparelhos de estado nacionais não deixam
muito espaço para os pequenos negócios do terror. E a dominar o mercado está a poderosa
e eficiente máquina de destruição estadunidense.
Leia também: Robocop
e drones: a morte teleguiada
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