Sem querer, Michael Löwy escreveu um artigo
que serviria para ilustrar parte dessa situação. Trata-se de “A verdadeira
Igreja dos pobres” publicado no jornal Le Monde, em 31/03 e traduzido por
Moisés Sbardelotto para o site da IHU
On-Line. Um trecho do texto comenta a relação que
alguns teólogos desenvolveram com o pensamento de Marx para criticar o
capitalismo neoliberal. Este seria:
...uma falsa
religião, fundamentada na idolatria do mercado e do deus Mammon. Para esses
teólogos, como Hugo Assmann ou Franz Hinkelammert, os novos ídolos capitalistas
que são o lucro, o dinheiro, a dívida externa, como aqueles denunciados pelos
profetas do Antigo Testamento, são Molochs que exigem sacrifícios humanos, uma
imagem usada pelo próprio Marx em O Capital.
Adotando toda essa simbologia, esperemos que
Thatcher, Reagan e Wojtila estejam vagando em profundezas subterrâneas bastante
quentes. Que conheçam de perto as criaturas a quem serviram com tanta
dedicação. Recebam em dobro tudo o que fizeram durante seus reinados
sangrentos.
Leia também: Com o neoliberalismo na alma
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