Mas quem disse que os faltosos não estão
trabalhando? A grande maioria deles está em suas “bases eleitorais”. Com os
pobres, fazem politicagem com pequenos favores e promessas falsas. Com os
ricos, acertam a apresentação de projetos que atendam a seus interesses. Só aparecem
pra votar o que combinaram com seus patrocinadores.
Quando o falecido PT começou a disputar
eleições, a proposta não era eleger campeões de presença em plenário. Ao contrário,
esperava-se que os parlamentares ficassem em suas bases sociais a maior parte
do tempo. Apoiando greves, ocupações, campanhas e as lutas populares em geral.
O aparecimento de petistas na lista de parlamentares
exemplares foi um dos primeiros sintomas do que o PT se tornaria: um partido comportadinho,
que só se mantém próximo das lutas populares para manter suas bancadas e
governos. Em nome disso, engolem sem queixas a aprovação de leis contrárias aos
interesses da maioria da população.
A direita já não precisa trabalhar tão duro
para acabar com os direitos trabalhistas, por exemplo. A base parlamentar do
governo Dilma faz questão de ajudar. Ameaçam apresentar um projeto criando o
chamado "Acordo Coletivo Especial", que propõe “flexibilizar” as leis
trabalhistas. Na prática, cortar direitos dos trabalhadores.
Mas nem todos os trabalhadores serão atingidos.
O projeto não inclui os engravatados de Brasília que não param de trabalhar
contra nós.
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