“Meus heróis nunca viraram estátua. Morreram
lutando contra os caras que viraram”. Esta frase é do personagem principal do
filme de animação "Uma História de Amor e Fúria", de Luiz Bolognesi. Uma
produção que procura despertar os mais jovens para a bela aventura de lutar por
justiça social.
O herói do filme tem 600 anos. Ele nasce
como um guerreiro tupinambá, em 1566 e morre na luta contra colonizadores europeus.
Mais tarde, ressuscita para ser morto como um dos líderes da revolta da
Balaiada. Depois, participa da resistência armada à ditadura militar. Acaba executado
numa favela, enquanto apoiava as ações de criminosos politizados.
Suas aventuras derradeiras acontecem no Rio
de Janeiro do final do século 21. A cidade é considerada uma das mais seguras
do mundo porque é protegida por milícias privadas que matam livremente. A água pura
é a mais cara das mercadorias. As belezas naturais cariocas são banhadas por esgotos.
Nessa trajetória de seis séculos, ele
sempre reencontra seu eterno amor. É Janaína, guerreira corajosa como ele. No início
do filme, ele a salva transformando-se em um pássaro que a carrega para longe
do perigo.
O personagem principal nasce índio, torna-se
negro e morre branco. Aparentemente, sua capacidade de luta vai diminuindo. No final,
é um jornalista crítico, mas conformista. Aí, são as asas da determinação de Janaína
que o carregam de volta à luta.
Infelizmente, o filme não deve alcançar grande
sucesso. Principalmente, numa época em que as lutas andam tão desprezadas sem deixar de ser reprimidas. Mas quem compartilha as paixões e fúrias das lutas populares deve
assistir e fazer propaganda.
Veja o trailer aqui.
Veja o trailer aqui.
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Sergio, já postei seu excelente artigo na pagina da AQC no FB. Alguns posts tem cerca de 2.100 visualizações lá. Espero que este seu, seja um deles. Principalmente pela sua mensagem final! Grande abraço e parabéns pela luta. Sempre!
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