Doses maiores

2 de abril de 2013

Os imperialistas nanicos dos BRICS

Os chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) criaram seu próprio fundo de emergência. São US$ 100 bilhões para eventuais situações de crise econômica. Seria uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional, dominado por Estados Unidos e Europa.

A palavra “alternativa” não significa necessariamente algo oposto em relação àquilo de que pretende se diferenciar. Neste caso, está mais para imitação com ares de farsa. É o que se deduz de matéria da BBC Brasil sobre o evento. Com o título “ONGs criticam 'postura imperialista' dos BRICS”, o texto foi publicado por Ruth Costas, em 27/03.

O encontro aconteceu no Centro de Conferência Internacional de Durban, África do Sul. Os líderes políticos e empresários dos chamados “emergentes” se reuniram sob um esquema de proteção digno de imperialistas de primeiro time, com direito a barreiras, muros de ferro e tropas numerosas de policiais.

Mas não é só nisso que os líderes dos BRICS imitam governantes europeus e americanos. O avanço da China sobre a África, por exemplo, não deve nada aos colonialistas de séculos passados. Logo atrás, vêm as empresas brasileiras, tentando dar sua contribuição na exploração social e destruição ambiental do continente.

O encontro conseguiu criar até um evento paralelo, como nos eventos do imperialismo tradicional. Cerca de 40 ONGS, sindicatos e outros movimentos criaram o "BRICS a partir de baixo".

O pior é ver boa parte da esquerda justificando essa espécie de colonialismo júnior. Apoiando esses dirigentes politicamente nanicos, que disputam lugar na mesa sangrenta do imperialismo sênior.

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