A palavra “alternativa” não significa
necessariamente algo oposto em relação àquilo de que pretende se diferenciar.
Neste caso, está mais para imitação com ares de farsa. É o que se deduz de
matéria da BBC Brasil sobre o evento. Com o título “ONGs criticam 'postura
imperialista' dos BRICS”, o texto foi publicado por Ruth Costas, em 27/03.
O encontro aconteceu no Centro de
Conferência Internacional de Durban, África do Sul. Os líderes políticos e
empresários dos chamados “emergentes” se reuniram sob um esquema de proteção
digno de imperialistas de primeiro time, com direito a barreiras, muros de
ferro e tropas numerosas de policiais.
Mas não é só nisso que os líderes dos BRICS
imitam governantes europeus e americanos. O avanço da China sobre a África, por
exemplo, não deve nada aos colonialistas de séculos passados. Logo atrás, vêm as
empresas brasileiras, tentando dar sua contribuição na exploração social e destruição
ambiental do continente.
O encontro conseguiu criar até um evento
paralelo, como nos eventos do imperialismo tradicional. Cerca de 40 ONGS, sindicatos e outros
movimentos criaram o "BRICS a partir de baixo".
O pior é ver boa parte da esquerda
justificando essa espécie de colonialismo júnior. Apoiando esses dirigentes
politicamente nanicos, que disputam lugar na mesa sangrenta do imperialismo sênior.
Leia também: “Nosso
imperialismo” chega a Cuba
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