Sua primeira missão é a “Operação Tapajós”,
com início marcado para 28/03. Suas primeiras vítimas, os integrantes do povo
Munduruku, que vivem em Itaituba, no Pará. As novas tropas seriam responsáveis
por garantir a realização dos estudos de impacto do Complexo Hidrelétrico do
Tapajós.
São cerca de 250 homens fortemente armados,
entre agentes da Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e
Força Aérea. O que demonstra o caráter pesadamente bélico de toda a operação. E
não poderia ser diferente. Afinal, os interesses de poderosas empreiteiras e
indústrias sedentas por recursos naturais estão bem representados no governo e
nos parlamentos. Indígenas e populações locais não podem ousar contrariá-los.
O licenciamento ambiental da usina está
suspenso pela Justiça por falta das consultas prévias aos índios. Mas isso
parece não importar muito para os comandantes da operação. E, na melhor das
hipóteses, uma consulta poderá ser feita nos moldes de sempre. De um
lado, um exército de advogados e técnicos pagos a peso de ouro por grandes
empresas. De outro, índios cansados por horas de deslocamento e obrigados a seguir complicados procedimentos burocráticos.
Se no Maracanã, em plena capital carioca, o
peso da repressão caiu sobre os indígenas sem qualquer vacilação, o que esperar
da movimentação de tropas no interior do Pará? Provavelmente, o contrário do que defendia o Marechal Rondon: "Morrer, se preciso. Matar, nunca!"
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