Alguns dos que defendem essa conduta,
costumam se basear numa vaga e distorcida leitura da obra de Antônio Gramsci. Seria
a “guerra de posição” defendida pelo revolucionário marxista italiano. No entanto,
Gramsci também defendia a necessidade da “guerra de movimento”. Aquela que deve
evoluir da conquista de posições para a destruição do Estado burguês.
Um trecho da própria obra de Gramsci
esclarece melhor. No artigo “A intransigência de classe e a história italiana”,
de 1918, ele diz:
O Proletariado só pode reconhecer no Estado, conjunto
da classe burguesa, o seu direto antagonista. Não pode entrar em concorrência
para a conquista do Estado, nem direta nem indiretamente, sem se suicidar, sem
se desnaturar e transformar em puro setor político, fora da atividade histórica
do proletariado, e se transformar num enxame de moscas de cavalariça em busca
dos doces a que se agarrar, morrendo ingloriosamente.
O que vem acontecendo no Congresso Nacional
realmente transformou o governo petista e seus aliados em moscas. Mas não são exatamente
doces as massas pastosas e fedorentas que os vêm atraindo.
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