Doses maiores

11 de abril de 2013

Querem controlar até os sonhos. Que pesadelo!

Em 28/10/2011 o portal G1 divulgou o artigo “Cientistas conseguem ‘ler’ sonhos em estudo alemão”. Pesquisa do Instituto Max Planck de Psiquiatria teria identificado áreas do cérebro que são acionadas quando sonhamos.

Mas o estudo analisou apenas pessoas que são capazes de reconhecer que estão sonhando e controlar o que acontece no sonho. O problema, dizem os pesquisadores, é que os sonhos são incontroláveis para a maioria das pessoas.

Ainda no campo das investigações oníricas, a France Presse publicou a reportagem “Cientistas japoneses decifram parcialmente conteúdo dos sonhos”, em 05/04. Trata-se da criação de um “dispositivo para decodificar as imagens observadas em sonhos”. Depois de repetir a operação mais de 200 vezes por pessoa, teria sido possível criar:

...uma tabela de correspondências entre a atividade cerebral e objetos ou temas de diversas categorias (alimentos, livros, personalidades, móveis, veículos, etc.) observados nos sonhos: uma espécie de léxico que associa um sinal cerebral a uma imagem.

O tal léxico possibilitaria decifrar o conteúdo dos sonhos.

Por fim, a AFP publicou matéria em 11/04, com o título “Cientista desenvolve software de controle dos sonhos”. Desta vez, são estudiosos da universidade britânica de Hertfordshire. O programa ainda está em fase de testes. O objetivo seria “melhorar” os sonhos de pessoas com depressão.  

O que pensar quando a ciência começa a preocupar-se com o controle e a “melhoria” dos sonhos? Aceitar suas mais que duvidosas pretensões curativas? Melhor nos prepararmos para novos e aterrorizantes pesadelos.

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