“Há duas coisas a que eu
tenho direito. A liberdade e a morte. Se eu não conquistar uma, ficarei com a
outra, pois nenhum homem me pegará com vida”. Estas palavras são de Harriet
Tubman, também conhecida como o “Moisés Negro”. Uma referência ao papel de
libertadora que cumpriu, tal como o patriarca bíblico.
Harriet nasceu escrava, em
1820, em Maryland, Estados Unidos. Mas se revoltou, fugiu e passou a ajudar
muitos outros a escapar de sua condição de cativos. Organizava expedições de
fuga para outros estados, onde os libertos podiam viver fora do alcance de seus
proprietários. Sua coragem e determinação libertaram mais de 300 homens e
mulheres da crueldade escravagista.
Na Guerra Civil, lutou contra
os escravistas do Sul e liderou uma expedição armada, no rio Combahee, libertando
mais de 700 escravos. Depois da guerra e do fim da escravidão, participou das
lutas pelo direito de voto para as mulheres.
A corajosa Harriet morreu aos
93 anos e tornou-se símbolo do que é capaz a resistência e a luta pela
liberdade, mesmo sob uma ditadura perfeita como a estadunidense.
Outra frase famosa da grande lutadora
é: “Libertei muitos escravos. E teria libertado muitos mais se pelo menos eles
soubessem que eram escravos.” Diz muito sobre os mecanismos de dominação humana.
O capitalismo surgiu graças à
exploração do trabalho de milhões de pessoas presas a pesados grilhões. Mesmo assim,
muitas delas não percebiam que tinham direito à liberdade. Que fazer com bilhões de pessoas que atualmente têm apenas
suas mentes acorrentadas?
Imitar Harriet e organizar muitas
expedições rumo à liberdade.
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