Doses maiores

15 de agosto de 2013

Harriet Tubman, a libertadora negra

“Há duas coisas a que eu tenho direito. A liberdade e a morte. Se eu não conquistar uma, ficarei com a outra, pois nenhum homem me pegará com vida”. Estas palavras são de Harriet Tubman, também conhecida como o “Moisés Negro”. Uma referência ao papel de libertadora que cumpriu, tal como o patriarca bíblico.

Harriet nasceu escrava, em 1820, em Maryland, Estados Unidos. Mas se revoltou, fugiu e passou a ajudar muitos outros a escapar de sua condição de cativos. Organizava expedições de fuga para outros estados, onde os libertos podiam viver fora do alcance de seus proprietários. Sua coragem e determinação libertaram mais de 300 homens e mulheres da crueldade escravagista.

Na Guerra Civil, lutou contra os escravistas do Sul e liderou uma expedição armada, no rio Combahee, libertando mais de 700 escravos. Depois da guerra e do fim da escravidão, participou das lutas pelo direito de voto para as mulheres.

A corajosa Harriet morreu aos 93 anos e tornou-se símbolo do que é capaz a resistência e a luta pela liberdade, mesmo sob uma ditadura perfeita como a estadunidense.

Outra frase famosa da grande lutadora é: “Libertei muitos escravos. E teria libertado muitos mais se pelo menos eles soubessem que eram escravos.” Diz muito sobre os mecanismos de dominação humana.

O capitalismo surgiu graças à exploração do trabalho de milhões de pessoas presas a pesados grilhões. Mesmo assim, muitas delas não percebiam que tinham direito à liberdade. Que fazer com bilhões de pessoas que atualmente têm apenas suas mentes acorrentadas?

Imitar Harriet e organizar muitas expedições rumo à liberdade.

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