“Nove países europeus
já têm partidos de extrema direita em suas coalizões de governo central ou como
peças fundamentais nos Parlamentos”. É isto o que diz notícia publicada pela
Agência Estado, em 29/04. Muito desse crescimento deve-se a sua defesa do ódio racial
e aos estrangeiros. Mas xenofobia e racismo são antigas maldições. Tal como
se apresentam hoje, têm, pelo menos, a mesma idade do capitalismo.
Vejamos o que disse
Marx sobre essas pragas. Começando pela xenofobia:
Cada centro industrial e comercial
na Inglaterra possui uma classe trabalhadora dividida em dois campos hostis,
proletários ingleses e proletários irlandeses. O trabalhador inglês comum odeia
o trabalhador irlandês como um competidor que rebaixa seu padrão de vida. Em
relação ao trabalhador irlandês ele se sente um membro da nação dominante e,
assim torna-se num instrumento dos aristocratas e capitalistas de seu país
contra a Irlanda, fortalecendo a sua dominação sobre ele próprio. Ele aprecia
os preconceitos sociais, religiosos e nacionais contra os trabalhadores
irlandeses. A sua atitude é muito parecida com a dos brancos pobres em relação aos negros
nos antigos estados escravistas dos Estados Unidos. O irlandês lhe paga com
juros na mesma moeda. Ele vê no trabalhador inglês ao mesmo tempo o cúmplice e
o instrumento estúpido do domínio inglês na Irlanda. (Carta a Meyer e
Vogt, agosto de 1870)
Agora, sobre o racismo:
Nos Estados Unidos da América todo o
movimento operário autônomo ficou paralisado enquanto a escravatura desfigurou
uma parte da república. O trabalho de pele branca não se pode emancipar onde o
de pele negra é estigmatizado. (O Capital, volume I, capítulo 8 - 1867)
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