Na França, apesar da
vitória do moderado François Hollande, a direita fascista obteve 18% dos votos.
A Frente de Esquerda, de Mélenchon, conquistou 11%.
Na Grécia, as urnas
rejeitaram os dois partidos que dominavam as eleições no país há décadas. O
maior vencedor foi o Syriza, considerado de extrema esquerda, com quase 17% dos
votos.
Foi o bastante para
deixar as bolsas em estado de profunda depressão. Os investidores temem pela
nova situação política. Mas não deveriam se preocupar tanto.
Hollande não disse que é
contra a austeridade imposta pelos banqueiros. Só afirmou que não será necessariamente
do jeito que eles querem. O líder do Syriza, Alexis Tsipras, já andou declarando
que a saída da zona do euro prejudicaria o país.
Além disso, acaba de desistir
da formação de um governo de esquerda: “Vou devolver o mandato confiado pelo
presidente da República e vamos continuar a participar dos procedimentos previstos
na Constituição” (Valor, 08/05).
O problema é que as
forças de esquerda têm se limitado a ocupar as pontas de uma democracia
dominada pelo mercado. Ao invés do extremismo de gabinetes, é preciso priorizar
o radicalismo das lutas populares.
Enquanto isso não acontecer,
o vencedor continuará a ser o extremismo do mercado. Aquele que não teme a
direita fascista, como prova a tranquila convivência entre Hitler e empresas
como Ford, IBM e Coca-Cola.
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