Existe uma outra Internet. Paralela
e anônima. Onde está o Silk Road, "o site que não existe" para ser
acessado com procedimentos clandestinos. E onde com os bitcoins, as moedas
virtuais, pode-se comprar qualquer coisa. Do ecstasy às armas. Porque nada é
proibido na dark web, nascida para ser livre e pirata, mas que cresceu dentro
dos limites do crime.
A matéria afirma que a
tal Silk Road é:
...o maior mercado negro do mundo. O
lugar para comprar todos os tipos de drogas. E documentos falsos. E
pornografia. Com absoluta segurança. Anonimato total. Ninguém sabe quem faz o
quê. Ninguém sabe o que você está fazendo.
Nada disso deveria ser
surpreendente. A internete não é neutra ou democrática por natureza. É uma
ferramenta poderosa e cheia de potencialidades interessantes. Mas pode e é
usada para fins nada nobres. Tudo depende da lógica social em que está inserida.
Os crimes citados por Luna são relacionados à ordem social competitiva. Só há um “mercado negro”
porque há um “mercado branco”. Hoje, a internete é um lugar de trocas de
experiências e emoções transformadas em “bitcoins”.
Em uma sociedade
emancipada da escravidão mercantil, grande parte disso perderia sentido. As paixões
e prazeres deixariam de ser cotadas em moeda. A rede seria um lugar de
encontros não de tráfico.
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