O texto registra uma
conversa entre representantes de alguns setores empresariais de peso: Horácio Lafer
Piva, acionista da Klabin; Pedro Passos, conselheiro da Natura; Paulo Nigro,
diretor-presidente da Tetra Pak e Roberto Oliveira de Lima, ex-presidente da
Vivo.
A matéria está acessível
no site do jornal. É importante ler. Os participantes defendem o veto de Dilma
ao novo Código Florestal. Nigro, por exemplo, diz que o texto aprovado no
Congresso "deixou o Brasil na era medieval." E explica seus motivos:
O Brasil tem a chance, de liderar
uma nova pauta. Chame-a de economia verde, chame de novo capitalismo, é uma
pauta calçada em uma economia de menor carbono, com melhor eficiência de como
os recursos estão sendo utilizados e com inclusão social.
Passos é mais claro:
Acho que o Brasil ainda não soube
encarar a Amazônia como uma fonte de riqueza e está tentando tratá-la como se
fosse igual às demais regiões do país.
O Brasil deve ter 14% de sua área em
unidades de conservação. Quanto o país extrai de valor delas? Zero.
E Piva completa:
Através do business, do negócio,
você pode atacar em uma outra frente. Eu posso recuperar o que já perdi
ganhando dinheiro.
O apoio ao veto pode
até ser bem-vindo. Mas o objetivo é aprofundar a mercantilização da natureza.
Se não queremos o código agroflorestal, também não nos interessa um capitalismo
pintado de verde.
Por favor, caro Sérgio, não utilize o termo "código agroflorestal", pois o sistema de cultivo agroflorestal não tem a menor semelhança com o sistema de cultivo convencional que os ruralistas defendem.
ResponderExcluirO sistema agroflorestal utiliza das técnicas e conhecnimentos da agroecologia, um modo de produção menos impactante, adaptado ao ambiente local e holístico.
Valeu o toque e peço desculpas pela infelicidade do trocadilho. De qualquer maneira, imagino que a grande maioria das pessoas vá fazer a ligação do termo com agronegócio e não com agroecologia.
ResponderExcluirAbraço e obrigado